Tuesday, May 8, 2007

Um pouco de ficção

Dias extremamente cansativos na empresa imploravam por um banho de “gaja”, cheio de aromas relaxantes, sais de banho, duas pétalas de rosa sobre a toalha de banho. Daqueles banhos que duram longas horas e têm direito a velas perfumadas e de cores vivas.

Abriu a porta do seu apartamento, pousou as chaves e à medida que passava os corredores ia descalçando uma bota, depois a outra. Lentamente tirando as meias e depois as calças e o fato de executiva que a mascarava durante o dia.

Ligou a música ambiente e correu alegremente para ir por a água a correr.

Lembrou-se depois que não tinha qualquer motivo para comemorar e desfez tudo. Optou por um duche refrescante e usual.

(...)

Puxou então, a cortina da banheira para a sua direita, levantou a cabeça e viu uma silhueta que cada vez se tornava menos translúcida.

Era incrivelmente parecida com ela e numa observação mais cautelosa reparou que era mesmo um reflexo seu, com uma diferença.

Via na reflexão tudo o que um dia quis alcançar. À primeira vista um corpo que tinha passado horas no ginásio, bem definido por curvas femininas e depois um livro sobre o braço.

Bárbara sacudiu a toalha e só viu o livro caído no chão.

Abriu-o a medo. Não tinha nada.

Apenas ficção.

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