Dias extremamente cansativos na empresa imploravam por um banho de “gaja”, cheio de aromas relaxantes, sais de banho, duas pétalas de rosa sobre a toalha de banho. Daqueles banhos que duram longas horas e têm direito a velas perfumadas e de cores vivas.
Abriu a porta do seu apartamento, pousou as chaves e à medida que passava os corredores ia descalçando uma bota, depois a outra. Lentamente tirando as meias e depois as calças e o fato de executiva que a mascarava durante o dia.
Ligou a música ambiente e correu alegremente para ir por a água a correr.
Lembrou-se depois que não tinha qualquer motivo para comemorar e desfez tudo. Optou por um duche refrescante e usual.
(...)
Puxou então, a cortina da banheira para a sua direita, levantou a cabeça e viu uma silhueta que cada vez se tornava menos translúcida.
Era incrivelmente parecida com ela e numa observação mais cautelosa reparou que era mesmo um reflexo seu, com uma diferença.
Via na reflexão tudo o que um dia quis alcançar. À primeira vista um corpo que tinha passado horas no ginásio, bem definido por curvas femininas e depois um livro sobre o braço.
Bárbara sacudiu a toalha e só viu o livro caído no chão.
Abriu-o a medo. Não tinha nada.
Apenas ficção.
No comments:
Post a Comment