Wednesday, March 19, 2008

Adorava ter daquelas vidinhas abençoadas.
Super favorecidas pelos milagres da genética.
Mas ninguém quer ler textos de alguém que só se sabe queixar para umas quantas linhas no papel.
Digo-vos. Ninguém quer ler textos de alguém que só dê pena. É desinteressante.
É de pouca qualidade.
Mas prometo que nestas férias vou comer dicionários. Só para ver se me traz novas peças de vocabulário.
Férias!
Quem não quer?
Daquelas que só são possíveis em lugares que não o nosso. Daquelas que só acontecem nos filmes. Com aquelas cenas típicas e que me deixam verde de inveja.
Férias com amigos. Com os ingredientes todos que vêm com a receita, por direito!
Amores de verão, praia de dia com gelados, praia de noite com guitarras e fogueiras.
Saladas frescas, aventuras a condizer.
Histórias e planos absurdos.
Tu estendes a mão e passas-me algum objecto.
De todos aqueles que te pertencem nunca achei que me fosses dar nenhum.
A mim deste um alfinete. Digo-o como se fosse um grande prémio ganho num grande concurso, mas não é, pois não?
É um alfinete.
Nunca vai ser mais do que aquilo, assim como tu nunca vais ser mais do que me és agora.
Vou usá-lo. O mais irónico é que vou usá-lo.
Para prender a tua fotografia no meu quadro de cortiça.
É esta a prova que te dou.
Tu nunca me seduziste com esse teu jeito tão sensível.
Eu sempre preferi o frontal.
Mas se ainda achas que me és indiferente podes abandonar essa ideia, depois de te conhecer voltei a roer as unhas.
E sei que é inevitável, assim que puder vou largar tudo o que estou a fazer e vou roer as unhas.
Sem brilho, sem verniz, nada.

2 comments:

R said...

Lindo ma bitch, lindo.

*Apesar dos meus textos serem só queixas *

Anonymous said...

ainda dizes q nao sabes escrever martinha, adorei isto :D