Sunday, March 30, 2008

Um dia

Um dia...
Acredito.
Um dia não me vais olhar como me olhas hoje
Não vou ter de disfarçar gestos feridos, como se te tivesses fartado de mim, como se eu te entediasse de morte
Um dia esses olhares e essas palavras que me custam tanto e que para ti não passam de diversões vão extinguir-se
Um dia só vai sobrar espaço para me mostrares
Só vai sobrar tempo para eu ver
Um dia, talvez
Talvez vires toda a raiva e me abraces na nova vaga que és
Um dia talvez esteja gasta
Um dia, e acredito, vais querer garantir-me do teu lado
Um dia, quando perceberes que sempre estive, talvez me acolhas, breve e feliz
E se um dia perceberes como preciso, como aprendo ao teu lado
Um dia vais saber, com a mesma força com que me escutas e me lês estas palavras, que me dou, que me entrego a ti
Um dia vais estender-me essa estrada
Vais dar-me sentidos
Um dia vamos respirar de alívio por nos termos cruzado
Vamos sentir-nos inteiramente bem por nos termos, e por podermos ser nós
Um dia que anseio
Esse dia que parece mais perto quando me sorris, porque isso é universal
Esse dia,
Acredito.

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